terça-feira, 20 de março de 2018

Respostas padrões aos ditos “crentes” - 3



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Negar a evolução do universo a partir de um estado máximo de temperatura e densidade, hoje, é "suicídio intelectual", para dizer o mínimo.

Um dos problemas primordiais dos crédulos (diversos) que negam o que seja, popularmente falando, a “teoria do Big Bang” é que negam o que seja observável.

Mas digamos que não tivéssemos diversas evidências e fundamentos teóricos para o que seja um universo surgindo de uma densidade e temperaturas extremas.

Ainda sim, o universo inteiro, para onde quer que se olhe, apresenta entropia crescente, noutras palavras, sua distribuição de temperatura tende a uma estabilização, partindo de “focos” de temperatura mais alta.

Este fato já era bem conhecido, em teorias físicas bem construídas, desde o século XIX, não sendo a toa que no túmulo de Ludwig Boltzmann está gravada a equação da entropia termodinâmica.

Mas saiamos de algo tão físico/Física.


InfoEscola


Qual o argumento que os crédulos poderia apresentar para sustentar que o que seja esta evolução do universo no tempo não tenha ocorrido.

Quando analisamos seus pretensiosos argumentos “contra o Big Bang”, percebemos que similarmente caem na famosa lista de Richard Carrier para os argumentos criacionistas contra a abiogênese:

1,Fontes obsoletas. (Por exemplo, citar Física do Século XIX, até para a idade das estrelas, por exemplo.)
2,Omissão de contexto. (Tentar tratar a origem da matéria e energia que formam o universo, quando está se tratando da evolução destas no tempo.)
3.Uso incorreto da Matemática (bad math). Quando não incluem negação da Relatividade ou Mecânica Quântica, mesmo em suas mais claras evidências experimentais.

Poderíamos mais tarde desenvolver outros erros por analogia, mas estes três no atual momento destes textos nos basta.

Um fato interessante é que seguidamente buscam autores que não fazem parte do complexo conceito de “consenso científico”, e teorização como Estado Estacionário ou Quase Estacionário, que no seu atual quadro, dentro da comunidade de formação científica mas contraditórios com o consenso, é uma teoria cíclica, que implica num universo eterno, o que por si elimina qualquer momento de criação.
Trata-se, pois, de desespero, nada mais claro, e sobre este, confusão completa.

Quando se lê obras claras e muito didáticas, como Big Bang, de Simon Singh, ou Origens - Catorze Bilhões de Anos de Evolução Cósmica, de Neil deGrasse Tyson, ou ainda as primeiras partes de O Universo Elegante e O Tecido do Cosmo, de Brian Greene, textos mais complexos, percebe-se uma marcha firme em relação a mostrar que não se discute o que sejam os fundamentos da Mecânica Quântica e Relatividade, e consequentemente, a Cosmologia e suas afirmações.

DIscute-se “bounce”, se o universo é cíclico, possui um conjunto de fenômenos anteriores ao primeiro momento que chamamos “Big Bang” ou ainda mecanismos, mas não se discute o fato em si.

Por analogia até grosseira, confesso, discute-se nuances do Império Romano, como por exemplo, a relação dos gladiadores com seus senhores, mas parece-me óbvio que o Coliseu está lá em Roma, ainda, por sinal, muito inteiro.

Exemplificando, sou conhecido entre amigos Físicos e de divulgação científica como alguém que defende a Teoria da Gravidade Quântica em Loop, acho-a “simpática”, agradável, não conflitante com a Teoria das Cordas, concordante com Relatividade, e sustenta, claramente, um universo eterno e cíclico, no qual o que chamamos de Big Bang é um ponto de transição de fase.

Jamais eu teria um confronto com um cosmólogo profissional por ela. Temos discussão de alto nível, e o(s) problema(s) é(são) matematicamente extremamente complexo(s). Em nenhum momento nesta discussão se diria “O Big Bang nunca aconteceu e o universo surgiu pelo ato de uma divindade miraculosamente pronto seja a que ponto seja de um passado mesmo distante.” Claramente, as discussões neste parágrafo descritas e a com crédulos são diversas. É como alguém que quer discutir uma fantasia meio ruim, pois obras de dita alta fantasia existem, vide A Roda do Tempo, de Robert Jordan e posteriormente Brandon Sanderson, com os mesmos naipes de argumentos de veracidade, de fatos, com que se discute A História do Declínio e Queda do Império Romano.,de Edward Gibbon. Qualquer comparação do tipo de discussão que se tem nos dois casos, diretamente, beira o absurdo.

A visão do que seja a evolução do universo em 13,7 bilhões de anos está no olhar para as estrelas, os fundamentos, já nas notas de Einstein e muitos outros, e convenhamos, que estamos há décadas de mais poder de olhares para os céus que o telescópio de 100 polegadas de Hubble, e muito mais capazes que anotações em papel. ATé o números de poderosos cérebros debruçados sobre o problema aumentou, por simples população.

Assim, a alternativa a um universo antigo, com seus quase 14 bilhões de anos, modificando-se no tempo, não é o surgimento miraculoso há pouco menos de tempo do que derreteram as geleiras do hemisfério norte, no mito de povo analfabeto e um tanto contraditório do Oriente Médio, que sequer entendia claramente que a Lua não fixa-se na nossa noite, nem qualquer outro relato religiosos, nem suas variações, mas a ignorância do que sabemos sobre tal imenso processo.

O acima, similarmente, a clássica:

“A alternativa à evolução não é o criacionismo, mas a ignorância.”

Recomendamos, por outra linha de ataque:

Asimov: A Ameaça do Criacionismo - www.astropt.org
Nos nossos arquivos: docs.google.com  


EVOLUÇÃO E CRIACIONISMO: Uma Relação Impossível; Coordenador AUGUSTA GASPAR

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